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Contagem lança Secretaria de Mulheres e Juventudes
12 de out de 2025 / em Cidadania / por Ana AlmeidaA Prefeitura de Contagem oficializou em março deste ano, a criação da Secretaria Municipal de Mulheres e Juventudes, durante a abertura da 5ª Conferência Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres. O evento reuniu mais de 200 participantes, entre autoridades municipais, representantes da sociedade civil e lideranças comunitárias. Durante a cerimônia, a prefeita Marília Campos, que também preside o Consórcio Regional de Promoção da Cidadania Mulheres das Gerais, ressaltou o caráter estratégico da nova secretaria para fortalecer o diálogo com a população feminina e jovem do município. Contagem torna-se, assim, o primeiro município do Consórcio a ter uma secretaria especificamente voltada às mulheres, reforçando o pioneirismo e o compromisso com a promoção da equidade de gênero. A criação da secretaria permitirá maior visibilidade e investimento nas políticas voltadas especificamente para mulheres e jovens, ampliando ações intersetoriais e garantindo participação ativa no planejamento orçamentário e na execução de programas municipais. Entre as funções executadas pela nova secretaria estão a ampliação da articulação entre os governos federal, estaduais e municipais; execução direta ou por meio de parcerias dos programas voltados às mulheres; acompanhamento e institucionalização das políticas públicas de gênero nos órgãos locais; coordenação das políticas públicas que visam diminuir desigualdades entre mulheres e homens; articulação transversal de gênero nas políticas públicas existentes; incentivo à criação de novas secretarias municipais de políticas para mulheres e fortalecimento do Conselho dos Direitos das Mulheres, estabelecendo parcerias e promovendo a criação desse mecanismo onde ainda não existe. O lançamento da Secretaria Municipal de Mulheres e Juventudes marca um avanço significativo nas ações do município contra desigualdades e na promoção da equidade de gênero, fortalecendo ainda mais o compromisso da administração pública com os direitos das mulheres e a inclusão da juventude em Contagem. Ler artigo completo -
Consórcio participa da II Conferência Municipal de Políticas para Mulheres de Conselheiro Lafaiete
01 de abr de 2025 / em Seminários / por Ana AlmeidaEm Conselheiro Lafaiete, no Alto Paraopeba, aconteceu na última segunda-feira (17), no ginásio Poliesportivo Agostinho Campos Neto, a II Conferência Municipal de Políticas Públicas para Mulheres. A ação, que contou também com o Consórcio Mulheres das Gerais, recebeu membros da Secretaria de Desenvolvimento Social, reuniu autoridades, líderes comunitários e representantes de diferentes setores da sociedade para um debate franco e produtivo sobre o fortalecimento das mulheres e a promoção da equidade de gênero. Durante o encontro, a conferência se estabeleceu como um ambiente essencial para o intercâmbio de ideias e a formulação de políticas públicas mais equitativas e inclusivas. “Não adianta que cada um faça seu trabalho sozinho, não é possível fazer uma política de prevenção e de proteção sem que a rede esteja integrada. É necessário e urgente que a rede municipal se comunique, se articule, se organize. Principalmente em casos de mulheres vítimas de violência doméstica” destacou a afirmou a superintendente do Consórcio Regional Mulheres das Gerais, Ana Tereza Caetano. É importante destacar que 63,6% das mulheres afetadas são negras, com idades entre 18 e 44 anos. “O local onde ocorrem a maioria dos feminicídios deveria ser um ambiente de segurança, paz e tranquilidade”, reforçou Ana Tereza. No entanto, 64,3% desses crimes acontecem dentro de casa, o que tem se mostrado cada vez mais alarmante.O Consórcio tem como premissa oferecer abrigo para mulheres em situação de violência doméstica com risco iminente de morte. Ao analisar os dados, torna-se evidente a importância dessa política. Mais do que um simples local de acolhimento, o abrigo representa um verdadeiro refúgio, um espaço que assegura não apenas proteção, mas a continuidade da vida dessas mulheres. Por Leonardo Melo - jornalista Ler artigo completo -
ALMG: Promove debates com mulheres e emergências climáticas
11 de mar de 2025 / em Seminários / por Ana AlmeidaA Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), fará na próxima quinta-feira (13/03), um encontro do “Sempre Vivas: Mulheres e Emergências Climáticas”. O evento, via Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, presidida pela Deputada Estadual, Ana Paula Siqueira (Rede), tem como objetivo dar visibilidade à luta das mulheres e ao Dia da Mulher. O Consórcio Regional de Promoção da Cidadania Mulheres das Gerais acompanhou a construção do Seminário, que vem sendo organizado desde o final do ano passado. O debate ficará a cargo do impacto das mudanças climáticas na vida das mulheres e seu protagonismo na resiliência e justiça climática.As inscrições estão abertas via através do site https://eventos.almg.gov.br/formulario/80 . PROGRAMAÇÃO:09h - Mesa de abertura10h30 - Palestra magna com Andreia Coutinho Louback do Centro Brasileiro de Justiça Climática11h30 - Debates14h - Painel 1 - Mulheres no contexto da crise climática: dos impactos sofridos ao seu papel primordial na conservação ambiental Convidadas: Mariza Rios, Sônia Dias e Maria Auxiliadora Pereira Figueiredo15h - Painel 2 - Mulheres e justiça climática: demandas por reconhecimento, representação, representação e redistribuição Convidadas: Andréa Zhouri, Janaina Mendonça e Maria Tereza Corujo16h DebatesDATA E LOCAL:13 de março, 9h às 17h Auditório José Alencar - ALMGPor Leonardo Melo (jornalista) Ler artigo completo -
Igualdade Salarial para Mulheres: Um Desafio Contínuo
10 de out de 2024 / em Temas Gerais / por AdministradorA igualdade salarial entre homens e mulheres é uma questão que continua a desafiar sociedades em todo o mundo. Embora tenha havido progressos significativos, ainda existem muitas barreiras que impedem a plena igualdade. Este texto examina os principais aspectos da desigualdade salarial e discute as possíveis soluções para alcançar a paridade.A Situação AtualA desigualdade salarial de gênero permanece uma realidade em muitos países. De acordo com dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em média, as mulheres ganham cerca de 20% menos que os homens pelo mesmo trabalho. Essa diferença pode variar dependendo do país, da indústria e do nível de educação, mas a disparidade é persistente.Causas da Desigualdade SalarialExistem várias razões para a diferença salarial entre homens e mulheres. Entre as principais causas estão:Discriminação direta ou indireta: Mesmo com leis que proíbem a discriminação, muitas mulheres ainda enfrentam barreiras invisíveis no ambiente de trabalho que limitam suas oportunidades de promoção e, consequentemente, seus salários.Segregação ocupacional: As mulheres são frequentemente concentradas em setores e profissões menos remuneradas. Trabalhos considerados "femininos" tendem a ser menos valorizados economicamente.Diferença de carga de trabalho não remunerado: As mulheres geralmente assumem uma maior responsabilidade pelo trabalho doméstico e pelo cuidado dos filhos, o que pode limitar suas oportunidades de trabalho e de progressão na carreira.Impactos da Desigualdade SalarialA desigualdade salarial não afeta apenas as mulheres individualmente, mas também tem consequências sociais e econômicas mais amplas. A disparidade salarial pode levar a uma menor segurança financeira para as mulheres, especialmente na aposentadoria, além de perpetuar a desigualdade de gênero em outras áreas. Economicamente, a subvalorização do trabalho feminino representa uma perda significativa de talento e potencial produtivo para as empresas e para a sociedade como um todo.4. Soluções e Caminhos para a IgualdadePara alcançar a igualdade salarial, várias estratégias podem ser implementadas:Legislação mais rigorosa e fiscalização eficaz: Garantir que as leis de igualdade salarial sejam aplicadas de forma justa e que as empresas sejam responsabilizadas por práticas discriminatórias.Transparência salarial: Incentivar ou obrigar as empresas a divulgar informações sobre a remuneração de seus funcionários pode ajudar a identificar e corrigir disparidades salariais.Apoio à conciliação entre trabalho e vida pessoal: Políticas que promovam a equidade na divisão do trabalho doméstico e cuidados, como licenças parentais iguais para homens e mulheres, podem ajudar a equilibrar as responsabilidades e permitir que as mulheres se dediquem mais às suas carreiras.Educação e conscientização: Campanhas educativas para sensibilizar tanto empregadores quanto funcionários sobre a importância da igualdade salarial podem ajudar a mudar atitudes e comportamentos.5. ConclusãoA igualdade salarial para as mulheres é um objetivo crucial para alcançar uma sociedade mais justa e equitativa. Embora o caminho seja longo e cheio de desafios, as iniciativas que promovem a transparência, a educação e a legislação robusta são passos importantes para fechar a lacuna salarial de gênero. A luta pela igualdade salarial é, em última análise, uma luta por justiça social e direitos humanos.Texto da estagiária Jéssica Dias sob a supervisão do jornalista Leonardo Melo. Ler artigo completo -
Maternidade e seus direitos: mãe e conquistas
10 de out de 2024 / em Saúde / por AdministradorQuando falamos em maternidade e seus direitos, são um dos pilares fundamentais da sociedade, e os direitos das mães são essenciais para garantir não apenas o bem-estar das mulheres, mas também o desenvolvimento saudável das crianças. Nos últimos anos, houve avanços significativos na legislação em muitos países para proteger e apoiar as mães, mas ainda há desafios a serem superados.Direitos TrabalhistasUm dos aspectos mais importantes da maternidade é o direito ao trabalho. As mulheres devem ter garantido o direito à licença-maternidade, um período pago de afastamento do trabalho antes e depois do parto, que varia de país para país. Esse tempo é crucial para que a mãe possa se recuperar fisicamente e emocionalmente do parto e se dedicar ao cuidado inicial do bebê.Além da licença-maternidade, outras proteções são fundamentais, como o direito de retornar ao emprego na mesma função e salário, bem como a proibição de demissões motivadas pela gravidez. Essas medidas visam evitar a discriminação e assegurar a continuidade da carreira das mães.Direitos à SaúdeA maternidade saudável começa com o acesso a cuidados médicos de qualidade, tanto durante a gestação quanto no parto e no pós-parto. Isso inclui consultas pré-natais regulares, assistência durante o parto e suporte no período pós-parto. O acesso a informações e recursos sobre amamentação, nutrição e saúde mental também é essencial para garantir que as mães possam cuidar adequadamente de si mesmas e de seus filhos.Direitos Sociais e CulturaisAs mães também têm o direito de participar plenamente na sociedade, sem enfrentar estigmas ou preconceitos. Isso inclui a promoção de ambientes de trabalho amigáveis para as mães, como salas de amamentação e horários flexíveis, e o apoio a políticas que incentivem a igualdade de gênero na divisão das responsabilidades familiares.Desafios e AvançosEmbora muitos países tenham avançado na proteção dos direitos das mães, ainda há um longo caminho a percorrer. Disparidades regionais, falta de acesso a serviços de saúde e discriminação no local de trabalho continuam a ser barreiras significativas. É fundamental que a sociedade, os governos e as empresas continuem a trabalhar juntos para criar um ambiente em que todas as mães possam exercer plenamente seus direitos e responsabilidades.Em resumo, os direitos das mães são fundamentais para o bem-estar das mulheres, das crianças e da sociedade como um todo. Garantir esses direitos não é apenas uma questão de justiça, mas também um investimento no futuro. A luta por um mundo onde as mães sejam plenamente apoiadas deve continuar, com políticas e práticas que reconheçam e respeitem a importância da maternidade. Ler artigo completo -
O Papel das Mulheres nas Universidades: Conquistas e Desafios
30 de set de 2024 / em Inclusão / por AdministradorO Papel das Mulheres nas Universidades: Conquistas e Desafios Nos últimos séculos, o papel das mulheres nas universidades, ou melhor, em nossa sociedade, tem passado por profundas transformações, e a presença feminina nas universidades é um dos maiores indicadores dessa mudança. Hoje, as mulheres não estão apenas presentes nas instituições de ensino superior, mas também desempenham papéis fundamentais na pesquisa, na docência e na administração acadêmica. No entanto, apesar dos avanços, ainda existem desafios inovadores a serem superados para alcançar a plena igualdade. A Conquista do Espaço Acadêmico Historicamente o acesso das mulheres à educação superior foi limitado. Durante muito tempo, o ensino universitário era um privilégio masculino, e as poucas mulheres que conseguiram ingressar nas universidades enfrentam resistência e preconceito. Foi apenas no final do século XIX e início do século XX que as portas das universidades começaram a se abrir para as mulheres, graças aos movimentos feministas e às lutas por direitos Hoje, as mulheres representam uma parcela significativa do corpo discente em universidades ao redor do mundo. Em muitos países, eles são a maioria entre os estudantes universitários e se destacam em diversas áreas do conhecimento, desde as ciências humanas até as engenharias e as ciências exatas. Além disso, o número de mulheres ocupando posições de destaque na pesquisa acadêmica e em cargos de liderança universitária tem avançado, embora ainda haja um longo caminho a percorrer Desafios Persistentes Apesar dos progressos, as mulheres enfrentam barreiras significativas no ambiente acadêmico. Um dos principais desafios é a sub-representação feminina em certas áreas, especialmente nas ciências exatas, tecnologia, engenharia e matemática (STEM). Essas áreas ainda são predominantemente masculinas, e as mulheres que optam por segui-las muitas vezes enfrentam discriminação, falta de apoio e estereótipos de gênero. O Futuro da Participação Feminina nas Universidades Para que as universidades sejam realmente inclusivas, é necessário que haja políticas e práticas que promovam a igualdade de gênero. Isso inclui medidas para aumentar a representatividade feminina em todas as áreas do conhecimento, garantir equidade salarial, oferecer apoio a mulheres que conciliam carreira e maternidade, e promover uma cultura acadêmica mais acolhedora e igualitária. Iniciativas como programas de mentoria, bolsas de estudo para mulheres em áreas sub-representadas, e campanhas de conscientização sobre a importância da diversidade de gênero são fundamentais para criar um ambiente acadêmico mais justo. Além disso, é essencial que as universidades e a sociedade em geral reconheçam e valorizem as contribuições das mulheres para o avanço do conhecimento e da educação. Conclusão: O Caminho da Igualdade Plena Embora a presença e as conquistas das mulheres nas universidades sejam motivo de celebração, o trabalho em direção à igualdade plena está longe de ser concluído. É essencial que as universidades continuem a implementar e aprimorar políticas que promovam a equidade de gênero, garantam oportunidades iguais para todos e reconheçam as contribuições das mulheres em todos os níveis acadêmicos. A construção de um ambiente universitário verdadeiramente inclusivo requer o compromisso contínuo de toda a comunidade acadêmica,desde os líderes institucionais até os estudantes. É fundamental que as vozes femininas sejam ouvidas e que suas experiências sejam valorizadas na formulação de políticas e práticas universitárias. À medida que avançamos, o foco deve estar em criar um futuro onde todas as mulheres, independentemente de suas origens, possam acessar, contribuir e prosperar no ensino superior. Assim, estamos construindo não apenas universidades mais justas, mas também uma sociedade mais equitativa e inovadora, onde o potencial humano é plenamente realizado. A jornada das mulheres nas universidades é uma história de resiliência e sucesso, e cada nova conquista é um passo em direção a um futuro mais igualitário para todos. Texto da estagiária Jéssica Dias sob a supervisão do jornalista Leonardo Melo. Ler artigo completo -
A representatividade feminina é uma busca constante em nossa sociedade
12 de set de 2024 / em Inclusão / por Ana AlmeidaAinda há muito para ser feito visando uma participação efetiva das mulheres nos espaços pertencentes a elas. Ao longo dos śeculos, a representatividade feminina em muitos setores da sociedade sempre foi “malvista” ou “substituída” em muitos dos casos. As mulheres foram excluídas de muitas atividades em que somente os homens eram designados a fazer ou como eram tidos pelos próprios: “feito para eles”. Mas esse cenário passou a mudar ao longo das últimas décadas, mesmo que ainda bastante atrasado e totalmente desproporcional quando falamos em igualdade.Apesar dos movimentos feministas, outrora, por exemplo, lutarem pela reivindicação do direito ao voto, pelo poder de se candidatar a cargos políticos e pela igualdade de gênero, de maneira a conquistar voz ativa nos espaços de influência, esse cenário ainda é limitado e hostil.Outro ponto que também assusta são os números da cultura violenta e exacerbada brasileira quando falamos em violência de gênero. Ações são feitas diariamente no sentido de que precisa ser erradicada, proporcionando um ambiente seguro para que mulheres expressem suas opiniões sem medo de retaliações, a exemplo do que vem acontecendo em muitas Casas Legislativas por todo o nosso país.Lei Maria da Penha completa 18 anosA Lei Maria da Penha completou 18 anos no último dia 7 de agosto. Mas a realidade da sociedade brasileira ainda está longe dos números ideais. Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no ano passado a Justiça recebeu 663.704 pedidos de medidas protetivas, dos quais 540.255 (81%) foram concedidos. Em 2022, a Justiça havia recebido 547.201, dos quais 426.297 (78%) foram deferidos.A representatividade feminina na políticaAinda que de maneira tímida, a mulher ainda se sente menos representada dentro dos Três Poderes (Legislativo, Executivo e Judiciário). Para se ter uma ideia, nas eleições de 2022, das 27 vagas disponíveis no Senado, apenas quatro senadoras foram eleitas.Historiadores apontam que a luta das mulheres por mais espaço na política aconteceu antes mesmo da Proclamação da República em 1889. De lá para cá, são símbolos dessa histórica demanda a educadora Leolinda de Figueiredo Daltro, que mobilizou mulheres pelo direito ao voto; Celina Guimarães Viana, a primeira mulher a se alistar para votar em abril de 1928; e Bertha Lutz, conhecida como a maior líder dos direitos políticos das brasileiras. No Senado, também fizeram história Eunice Michilis, a primeira mulher a ocupar uma cadeira na Casa, representando o Amazonas, e Laélia de Alcântara, a primeira senadora negra a ocupar uma vaga, pelo Acre.A representatividade feminina no trabalhoOs impactos da mulher no mercado de trabalho têm resultados econômicos substanciais, contribuindo significativamente para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e para a redução das disparidades salariais entre gêneros. Estudos da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) apontam que políticas públicas voltadas para a inclusão feminina no mercado de trabalho podem gerar efeitos positivos consideráveis na economia, como o aumento dos rendimentos das mulheres, que, por sua vez, estimula a demanda por serviços e sustenta o crescimento e o emprego.Os desafios da mulher no mercado de trabalho, atualmente, são significativos. As taxas de desemprego são mais elevadas entre as mulheres, os salários são mais baixos que dos homens e o emprego feminino é altamente concentrado em determinados setores e ocupações. A desigualdade salarial, por exemplo, é um dos desafios mais persistentes da mulher no mercado de trabalho.As mulheres brasileiras recebem, em média, 20% a menos que os homens, mesmo quando possuem ensino superior e exercem a mesma função. Esse cenário é ainda mais grave para as mulheres negras, que recebem cerca de 44,4% da renda média dos homens brancos. Além de ganhar menos, a mulher é significativamente menos representada em cargos de liderança, evidenciando uma barreira significativa à ascensão profissional das mulheres.*Leonardo Melo é jornalista, trabalhou em agências de Comunicação e na imprensa tradicional. Tem experiência no setor público e privado com ações dentro e fora do país. Atualmente é assessor de imprensa na Secretaria Municipal de Defesa Social de Contagem-MG."Reprodução Pixabay". O Pixabay é um site gratuito de imagens Ler artigo completo -
40% das brasileiras ainda não têm voto fixo e grupo pode definir eleições, diz pesquisa
17 de jun de 2022 / em Política / por AdministradorEntre as preocupações das mulheres, destacam-se a economia (43%), a saúde/pandemia (17%), as questões sociais (13%), a corrupção (9%) e a violência (8%), segundo a Genial/QuaestO total de 40% de brasileiras ainda não têm voto fixo em um candidato à presidência da República em 2022, de acordo com a pesquisa Genial/Quaest. O grupo, que alega que “pode mudar de presidenciável caso algo aconteça”, pode definir as eleições presidenciais no Brasil, ainda conforme o levantamento.Os dados, divulgados nesta sexta-feira (17), detalham que 50% das mulheres pretendem votar no ex-presidente Lula, enquanto 22% têm intenção de voto no presidente Jair Bolsonaro, que disputa a reeleição.A respeito das preocupações das eleitoras, a pesquisa destaca como resultado a economia (43%), a saúde/pandemia (17%), as questões sociais (13%), a corrupção (9%) e a violência (8%).Para 8% delas, outros fatores não listados são preocupantes e 2% não souberam responder ou não responderam.Ainda segundo o levantamento, 51% das mulheres consideram a gestão Bolsonaro negativa e 65% acham que o presidente errou mais do que acertou durante a pandemia do novo coronavírus.Para 51% das entrevistadas, as chances de voto em um candidato que viesse a defender publicamente o direito ao aborto cairiam.Em abril, o pré-candidato do PT, Lula, defendeu o procedimento, afirmando que “[o aborto] deveria ser transformado em uma questão de saúde pública” e que todo mundo deveria ter direito e não vergonha.A pesquisa quantitativa da Genial/Quaest foi realizada de 2 a 5 de junho com 2.000 mulheres. Dados como idade, escolaridade, renda familiar, religião e se as eleitoras recebem o benefício do Auxílio Brasil foram levados em consideração.A margem de erro estima de dois pontos percentuais para mais ou para menos, conforme a Genial/Quaest.O levantamento foi registrado junto ao TSE sob o número BR-03552/2922. Ler artigo completo -
Linda Thomas Greenfield: A mulher negra na liderança
17 de jun de 2022 / em Internacional / por AdministradorA diplomata é nascida em Louisiana e tem 69 anos. Uma combinação de estudos e resiliência explica a trajetória da mulher que se transformou na voz e face americana na principal arena de decisões do mundo sobre segurança, em tempos de guerras e violências de toda ordem, rurais e urbanas.“Eu não internalizei (o racismo). Aquilo não virou um problema meu. Eu deixei isso como sendo problema dos outros, que queriam ser racistas. Eu sabia que tinha um trabalho a fazer. Em cada trabalho que tive, sempre tive uma atitude de comprometimento, de trabalho duro, e um senso de orgulho e de realização”, conta.Como parte do programa de lideranças que os Estados Unidos realizam neste mês com jornalistas brasileiros negros, estou em Iowa, uma cidade com poucos negros, mas sede de um museu sobre a história afroamericana.A entrevista com Greenfield foi online porque ela está em Nova York. Todos os estados americanos, em maior ou menor grau, celebram a partir desta sexta-feira (17) a chegada do 19 de junho, quando se comemora a emancipação dos negros.Apesar do presidente da época, Abraham Lincoln, ter libertado os escravos com a proclamação da emancipação em 1863, somente dois anos depois, a informação foi avançando e chegou em todos os estados.O fim da escravidão foi confirmado pelo último estado americano que ainda mantinha escravos, o Texas, em 19 de junho. Esta é a data comemorada.A bisavó de Thomas-Greenfield nasceu exatamente em 1865, ainda como escrava. “Se o povo do estado da Louisiana tivesse sido informado [do fim da escravidão], ela poderia ter nascido uma pessoa livre”, afirma a embaixadora sobre sua bisavó, que depois recebeu a liberdade e viveu até os cem anos.“Devo ser um dos seus sonhos mais loucos, porque a sua bisneta, apenas duas gerações à frente, se tornou embaixadora das Nações Unidas. Acho que ela nunca teria imaginado isso. Não fazia parte da imaginação dos meus avós, e certamente nem da dos meus pais, que isso poderia acontecer nos Estados Unidos”, enfatiza.A briga dos negros nos Estados Unidos por espaço nas políticas públicas, no mercado de trabalho, na mídia, em posições de comando é constante. Mais do que serem vistos, eles reivindicam igualdade. Ler artigo completo -
Brasil teve 107 mortes de mães a cada 100 mil nascimentos em 2021, diz levantamento
28 de mai de 2022 / em Saúde / por AdministradorEspecialista diz que mortes maternas podem ser evitadasO Brasil teve, em 2021, média de 107 mortes a cada 100 mil nascimentos, de acordo com o Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna.A taxa de mortalidade materna se refere ao número de mulheres que morrem durante a gravidez ou nos 42 dias seguintes ao parto devido a causas relacionadas à gravidez ou por ela agravada a cada 100 mil nascidos vivos em um determinado ano, em um país. A morte é causada por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a esse período.No Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, comemorados neste sábado (28), o vice-presidente da Comissão Nacional Especializada em Mortalidade Materna da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Rodolfo de Carvalho Pacagnella, afirma que as mortes maternas podem ser evitadas.O Brasil apresenta números bem distantes dos fixados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Até 2015, a meta era atingir menos de 35 mortes por 100 mil nascimentos e o Brasil estava na faixa de 70 a 75 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos. Com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), a ONU indicou, até 2030, reduzir a taxa de mortalidade materna global para menos de 70 mortes por 100 mil nascidos vivos.De acordo com Pacagnella, os números não apresentam queda significativa no Brasil desde 2014. Já os países de alta renda, de maneira geral, têm uma razão de mortalidade materna que varia entre 10 e 20 mortes por 100 mil nascimentos. A maior parte dessas ocorrências é de causas indiretas, que não são evitáveis ao longo da gestação.CausasSegundo Pacagnella, a grande parte das mortes maternas poderia ser evitada. A grande questão, disse, não é o número de mortes maternas, mas o por que elas acontecem e a consequência que elas trazem.“A grande questão é que ela [morte] acontece, em geral, por causas evitáveis. São situações que poderiam ter sido identificadas ao longo do cuidado dessa gestante, durante o pré-natal e, especialmente, nos momentos próximos ao nascimento. E essas condições não foram identificadas e não foram tratadas de forma oportuna”.E essa demora em reconhecer a situação de gravidade e em tratar essa condição levam, em consequência, ao óbito materno, disse.De acordo com o vice-presidente da Comissão da Febrasgo, a consequência da mortalidade materna é nefasta, porque a mulher sempre foi, mas hoje tem um papel reconhecido, como indivíduo central na organização social, emocional e financeira da família. A morte de uma mulher no momento do parto ou puerpério leva a uma desestruturação de tudo que a envolve, apontou o médico.“Frequentemente há uma desorganização da família, desorganização do cuidado dos filhos, perpetuação de pobreza, uma série de questões que vêm em função de que ela é figura fundamental na organização daquela comunidade, não só da família, mas da comunidade como um todo”.No Brasil, a principal causa de morte materna é a hipertensão. Em segundo lugar, aparece a hemorragia, seguida de aborto inseguro e infecção puerperal. Depois, vêm as causas indiretas, associadas a condições físicas já existentes, ou agravadas na gestação, como doenças cardíacas, renais, cânceres, entre outras.Covid-19As principais causas são evitáveis, reiterou Rodoldo Pacagnella. Hoje, sabe-se como fazer o diagnóstico e como identificar uma mulher que tem risco de desenvolver uma hipertensão na gravidez, chamada pré-eclâmpsia, e tratar essa condição, evitando que a mulher morra.O mesmo ocorre em relação à hemorragia e, ainda, às condições relacionadas à sepse, que é uma infecção generalizada. Essa questão ganhou relevância durante a pandemia do novo coronavírus, segundo o especialista, porque houve um aumento de mortes maternas por doenças respiratórias, como consequência de um olhar pouco atento para a gestante, que é uma população de risco para a gravidade dessas doenças, principalmente as virais, associadas ao coronavírus.Dados preliminares indicam que o número de mortes maternas por SARS-CoV-2 aumentou de 1.500, que vinha sendo registrado nos últimos 6 anos, para 2,2 mil, em 2021. “E esse excesso de mortalidade foi decorrente, especialmente, das condições associadas à síndrome respiratória aguda grave”.O excesso de lotação em hospitais levou também a um aumento de mortalidade materna por outras causas, porque esgotou a capacidade de assistência. “E a mortalidade materna está muito centrada no período próximo ao parto, em que as mulheres precisam de assistência hospitalar para reconhecer essas condições”, disse o especialista.O médico apontou que a morte materna acontece porque não se tem uma visão objetiva para as necessidades de saúde da mulher. O fato de a mulher ter uma condição de maior risco de morrer pela gravidez é um fator biológico. Mas a morte dessas mulheres por causa desses outros fatores é uma questão social, alertou.“Diz respeito a como a gente olha essas necessidades e dá atenção a elas. Não é uma condição biológica intrínseca, mas a falta de acesso adequado aos serviços de saúde em um momento que a mulher precisa mais”.Rede de assistênciaA redução da mortalidade materna passa, em primeiro lugar, pela necessidade que haja um entendimento social da importância da mulher no contexto da formação social do país, disse Pacagnella.“Como figura central da constituição da sociedade, a mulher deveria ter respeito maior. Isso quer dizer ter políticas públicas que assegurem acesso e assistência com qualidade aos serviços de saúde materno-infantil. Isso envolve facilidade de acesso a políticas de saúde de qualidade, atenção primária, até os serviços de emergência”, defendeu.De acordo com Pacagnella, esses pontos já começaram a ser abordados em algumas políticas, embora de maneira periférica. Para reduzir, de fato, a mortalidade materna, o Brasil tem que construir uma rede de assistência que seja capaz de reconhecer as situações de gravidade, com profissionais treinados e especialistas em ginecologia e obstetrícia, disse o especialista.“É preciso uma rede de saúde estruturada e muito organizada”, recomendou. “O treinamento dos profissionais é uma parte importante desse processo, mas a constituição de um sistema de atendimento é fundamental, com definição de prioridade pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”.A Febrasgo está envolvida em uma série de ações de treinamento de profissionais sobre a importância da mulher na constituição da sociedade e, também, em ações de implementação de processos de melhoria clínica e de gestão, de tratamento de questões associadas à gravidade, em parceria com outras instituições, até que haja a criação de uma percepção nacional sobre a importância desse tema.A Febrasgo considera o dia 28 como um ponto de referência para falar da importância de se olhar para a condição da mulher na sociedade.“Em especial nesse momento em que a gente percebe que há um excesso de mortalidade, em função de uma doença que poderia ter sido manejada de outra maneira e cujo óbito poderia ter sido evitado se tivesse uma ação mais atenta, com um bom direcionamento de ações para as necessidades da mulher no momento do parto”, disse Pacagnella.Rodolfo Pacagnella alerta que a sociedade precisa olhar para a condição da mulher. “Estamos fazendo pouco. As mortes que ocorreram nos últimos anos foram em função da falta de uma organização adequada para a gestão do risco que a mulher tem nessas condições. É importante a gente mostrar isso e lutar para que não volte a acontecer”, concluiu. Ler artigo completo
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