Linda Thomas Greenfield: A mulher negra na liderança
A diplomata é nascida em Louisiana e tem 69 anos. Uma combinação de estudos e resiliência explica a trajetória da mulher que se transformou na voz e face americana na principal arena de decisões do mundo sobre segurança, em tempos de guerras e violências de toda ordem, rurais e urbanas.
“Eu não internalizei (o racismo). Aquilo não virou um problema meu. Eu deixei isso como sendo problema dos outros, que queriam ser racistas. Eu sabia que tinha um trabalho a fazer. Em cada trabalho que tive, sempre tive uma atitude de comprometimento, de trabalho duro, e um senso de orgulho e de realização”, conta.
Como parte do programa de lideranças que os Estados Unidos realizam neste mês com jornalistas brasileiros negros, estou em Iowa, uma cidade com poucos negros, mas sede de um museu sobre a história afroamericana.
A entrevista com Greenfield foi online porque ela está em Nova York. Todos os estados americanos, em maior ou menor grau, celebram a partir desta sexta-feira (17) a chegada do 19 de junho, quando se comemora a emancipação dos negros.
Apesar do presidente da época, Abraham Lincoln, ter libertado os escravos com a proclamação da emancipação em 1863, somente dois anos depois, a informação foi avançando e chegou em todos os estados.
O fim da escravidão foi confirmado pelo último estado americano que ainda mantinha escravos, o Texas, em 19 de junho. Esta é a data comemorada.
A bisavó de Thomas-Greenfield nasceu exatamente em 1865, ainda como escrava. “Se o povo do estado da Louisiana tivesse sido informado [do fim da escravidão], ela poderia ter nascido uma pessoa livre”, afirma a embaixadora sobre sua bisavó, que depois recebeu a liberdade e viveu até os cem anos.
“Devo ser um dos seus sonhos mais loucos, porque a sua bisneta, apenas duas gerações à frente, se tornou embaixadora das Nações Unidas. Acho que ela nunca teria imaginado isso. Não fazia parte da imaginação dos meus avós, e certamente nem da dos meus pais, que isso poderia acontecer nos Estados Unidos”, enfatiza.
A briga dos negros nos Estados Unidos por espaço nas políticas públicas, no mercado de trabalho, na mídia, em posições de comando é constante. Mais do que serem vistos, eles reivindicam igualdade.
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