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  • 65,7% das mulheres com câncer de mama esperam mais de 60 dias por tratamento no SUS

    15 de dez de 2021 / em Saúde / por Administrador
    Estudo da Fundação do Câncer mostra também uma desigualdade no acesso a saúde: menos da metade das pacientes vindas da rede privada de saúde atrasam o início do tratamento. Uma pesquisa da Fundação do Câncer mostra que 65,7% das mulheres com diagnóstico de câncer de mama, sem plano de saúde, demoram mais de 60 dias para iniciar o tratamento da doença, tempo limite indicado por especialistas. Já entre as pacientes com convenio médico, o levantamento revelou que 48% delas demoram mais que o tempo recomendado para início do tratamento.A escolaridade dessas mulheres também revela uma desigualdade no acesso à saúde. Segundo o estudo, 51,4% das mulheres encaminhadas pelo Sistema único de Saúde (SUS), não têm o ensino fundamental completo. Já entre as pacientes de origem da rede privada de saúde, esse índice é de apenas 29,9%. O epidemiologista e consultor da Fundação do Câncer, Alfredo Scaff, explica que existem alguns exames a serem feitos após o diagnóstico da doença. Esses procedimentos têm uma grande demanda do sistema público de saúde, o que prolonga a espera.“Muitas vezes a mulher, quando alcança o tratamento no SUS, novos exames são solicitados, como a mamografia e a biópsia e há um grande número de pessoas na fila para fazer esses exames. De modo que o processo de acesso ao tratamento não é oportuno, e como consequência provável a sobrevida das pacientes de origem SUS deverá ser menor. Quando a origem é o via plano de saúde ou particular, o diagnóstico acaba sendo mais rápido. É a iniquidade que perdura”, situa Alfredo Scaff.O estudo da Fundação analisou também o estágio da doença, no momento em que as mulheres dão entrada para iniciar o tratamento. O levantamento considerou a seguinte classificação: zero representa o estágio menos avançado e IV o mais avançado da doença.Segundo a pesquisa, 19,8% das pacientes originadas do SUS chegam em estágios iniciais (0 e I) do câncer de mama, contra 31,9% das originárias de planos de saúde ou particulares. Segundo os especialistas, o ideal é que a maioria dos casos cheguem em estágios precoces.“O que fica claro aqui para se fazer uma leitura mais precisa, é que o tempo entre a suspeita diagnóstica e o início do tratamento é crucial e tem relação com o agravamento da doença e, consequentemente, com o tratamento necessário. Quanto maior o tempo, mais agressivo será o tratamento; câncer é uma doença tempo-dependente”, salienta Alfredo Scaff. Ler artigo completo
  • Mulheres estão entre mais afetadas pela pandemia, aponta Cruz Vermelha

    23 de nov de 2021 / em Temas Gerais / por Administrador
    À CNN Rádio, Teresa Gonçalves, pesquisadora da Federação Internacional da Cruz Vermelha, explicou a pesquisa que analisou impactos socioeconômicos da Covid-19Uma pesquisa da Federação Internacional da Cruz Vermelha e das Sociedades do Crescente Vermelho (IFRC) mostrou quais os impactos socioeconômicos da pandemia da Covid-19 em diferentes camadas da população.Segundo o levantamento, as mulheres, pessoas em áreas urbanas e aquelas em movimento foram as principais afetadas.Em entrevista à CNN Rádio, a pesquisadora da Federação Internacional da Cruz Vermelha e uma das responsáveis pelo estudo, Teresa Gonçalves, explicou que o objetivo era entender “os impactos secundários da pandemia, além dos sistemas de saúde.”“Meninas enfrentaram impactos desproporcionais em todas as frentes, com aumento de casamento infantil, assumiram cargo adicional para cuidar de familiares, perderam empregos, ficaram expostas ao vírus e encontramos aumento da violência contra as mulheres”, elencou.“Não é surpresa que mulheres enfrentaram mais do que homens”, completou. A nova pesquisa busca visão global, com foco em dez países: Afeganistão, Colômbia, El Salvador, Iraque, Quênia, Líbano, Filipinas, Espanha, África do Sul e Turquia.Entre os efeitos da crise apontados pelo estudo, estão o aumento do desemprego e da pobreza; aumento da insegurança alimentar; maior vulnerabilidade à violência; e uma perda de educação e oportunidades reduzidas para as crianças.Segundo Teresa, os impactos nas comunidades e famílias serão sentidos “durante muitos anos”: “Nas crianças fora da escola, por exemplo, isso será sentido durante muito mais tempo, sem oportunidade de continuar a educação.”A pesquisadora também aponta o risco de a recuperação “ser desigual e injusta”, devido à “distribuição desigual de vacinas”: “A recuperação da pandemia não pode ser voltar ao que era antes, tem que ter esforço da sociedade e governantes para se ter uma resposta mais inclusiva, temos que tentar pensar no futuro e construir sociedades mais justas.” Ler artigo completo

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