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  • Uma a cada quatro mulheres no mundo sofreu violência por parceiro, diz estudo

    17 de fev de 2022 / em Violência / por Administrador
    Estimativas de um banco de dados global de pesquisas realizadas entre 2000 e 2018 indicam que 27% das mulheres de 15 a 49 anos sofreram violência física ou sexual por parceiro.Uma em cada quatro mulheres sofreu violência doméstica ao longo da vida. O índice preocupante é de um estudo publicado no periódico científico The Lancet nesta quarta-feira (16).As novas estimativas, que consideram dados até 2018, antes da pandemia de Covid-19, indicam que 27% das mulheres de 15 a 49 anos, que já tiveram um relacionamento, sofreram violência física ou sexual de um parceiro íntimo durante a vida. Sendo que um em cada sete (13%) casos de violência por parceiro ocorreu nos últimos 12 meses da pesquisa.Os pesquisadores utilizaram informações do banco de dados global da Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a Prevalência da Violência Contra as Mulheres, que abrange 90% das mulheres em todo o mundo. A pesquisadora Claudia García-Moreno, da OMS, autora principal do estudo, alerta que os fatores associados à violência contra a mulher se agravaram durante a pandemia. Ela destaca que a violência entre parceiros íntimos afeta a vida de milhões de mulheres, crianças e famílias em todo o mundo.“Embora este estudo tenha ocorrido antes da pandemia de Covid-19, os números são alarmantes e pesquisas mostraram que a pandemia agravou questões que levam à violência por parceiro íntimo, como isolamento, depressão e ansiedade e uso de álcool, além de reduzir o acesso a serviços de apoio. Impedir que a violência entre parceiros íntimos aconteça em primeiro lugar é vital e urgente”, disse Claudia, em um comunicado.Impacto global da violência contra a mulherA violência por parceiro íntimo de mulheres que já estiveram em um relacionamento (como mulheres que são ou foram casadas, coabitam ou têm um parceiro sexual de longo prazo) refere-se a comportamentos físicos, sexuais e psicologicamente prejudiciais no contexto do casamento, coabitação, ou qualquer outra forma de união.O estudo destaca que a agressão pode ter grandes impactos de curto e longo prazo nas saúdes física e mental da vítima, levando a custos sociais e econômicos substanciais para governos, comunidades e indivíduos.A Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU) para o Desenvolvimento Sustentável pede pelo fim da violência contra as mulheres em seus Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.Na análise, os pesquisadores fornecem estimativas de base para a violência praticada por parceiros íntimos contra mulheres nos níveis global, regional e nacional. Além de contribuir para a formulação de políticas públicas e programas de prevenção, o estudo também tem com o objetivo ajudar os governos no monitoramento do progresso em direção a essa meta da ONU.PanoramaAs primeiras estimativas globais e regionais sobre a prevalência de violência física ou sexual por parceiro íntimo e violência sexual por não parceiro foram publicadas pela OMS em 2013, considerando dados de pesquisas existentes até 2010.À época, foi constatado que uma em cada três mulheres sofria violência física ou sexual dentro ou fora dos relacionamentos. Quase uma em cada três (30%) das mulheres sofreu esse tipo de violência apenas por parte dos parceiros.No estudo publicado na Lancet, foram utilizadas pesquisas de base populacional, com uma melhor qualidade de dados e métodos atualizados para fornecer as estimativas atuais de prevalência desse tipo de violência em todo o mundo até o ano de 2018, período pré-pandemia.Os achados apontam que uma em cada quatro mulheres que já viveram um relacionamento sofreram violência exclusivamente dos parceiros. O estudo estimou apenas que as violências física e sexual e o trabalho em andamento pela OMS para fortalecer as medidas de denúncia de comportamentos psicológicos prejudiciais por parte dos parceiros.A análise indica que os governos não estão alinhados para cumprir as metas de erradicação da violência contra as mulheres. “Embora tenha havido progresso nos últimos 20 anos, ainda é grosseiramente insuficiente para atingir a meta dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável de eliminar a violência contra as mulheres até 2030”, diz Claudia.Os dados usados na pesquisa, coletados do Banco de Dados Global da OMS, incluem mais de 300 pesquisas e estudos realizados entre 2000 e 2018. O conjunto de informações abrange 161 países e áreas, representando 2 milhões de mulheres com 15 anos ou mais e cerca de 90% da população global de mulheres e meninas.A análise estatística permitiu estimar a prevalência de violência por parceiro íntimo em diferentes faixas etárias, regiões e faixas de tempo a serem calculadas. Globalmente, estima-se que 27% ou aproximadamente uma em cada quatro mulheres com idades entre 15 e 49 anos já sofreram violência por parceiro íntimo pelo menos uma vez na vida desde os 15 anos.As estimativas sugerem que, em 2018, até 492 milhões de mulheres de 15 a 49 anos sofreram violência por parceiro íntimo, considerando o período de 12 últimos meses do estudo – o que equivale a 13% ou uma em cada sete mulheres.No entanto, os pesquisadores alertam que a prevalência de violência pode ser ainda maior, devido às limitações do estudo, realizado com base em experiências relatadas pelas próprias mulheres. A natureza sensível e o estigma da questão pode ajudar a encobrir uma série de casos.O estudo também chama a atenção para os altos níveis de violência por parceiro vivenciada por meninas adolescentes e jovens. Na grupo de mulheres mais jovens, de 15 a 19 anos), estima-se que 24% ou quase uma em cada quatro sofreram violência por parceiro íntimo.A prevalência de violência recente por parceiro íntimo foi mais alta entre meninas adolescentes e mulheres jovens de 15 a 19 e de 20 a 24 anos, com 16% ou uma em cada seis vítimas de violência por parceiro em 2018, também considerando os últimos 12 meses do levantamento.“O alto número de mulheres jovens que sofrem violência por parceiro íntimo é alarmante, pois a adolescência e o início da vida adulta são fases importantes da vida, quando são construídas as bases para relacionamentos saudáveis. A violência que essas jovens sofrem tem impactos duradouros em sua saúde e bem-estar”, afirma a pesquisadora Lynnmarie Sardinha, da OMS.Lynnmarie defende a criação e o investimento em intervenções comunitárias e escolares como reforço para a prevenção à violência.Distribuição regionalNo estudo, variações regionais apontaram que a prevalência de violência por parceiro íntimo entre mulheres de 15 a 49 anos foi mais alta na Oceania (49%) e na África Subsaariana Central (44%). As regiões com as menores estimativas foram a Ásia Central (18%) e a Europa Central (16%).“Essas descobertas confirmam que a violência contra as mulheres por parceiros íntimos masculinos continua sendo um desafio global de saúde pública. Os governos não estão no caminho certo para cumprir as metas de erradicação da violência contra as mulheres até 2030″, afirma Claudia.Os autores pedem investimentos urgentes em intervenções em diversos setores da sociedade e uma resposta de saúde pública fortalecida para enfrentar o problema, especialmente no contexto da pandemia. Ler artigo completo
  • Prevenção ao câncer de útero é negligenciada por 70% das brasileiras, diz fundação

    03 de fev de 2022 / em Temas Gerais / por Administrador
    Apesar dos baixos índices de prevenção, os exames são disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).Sete em cada dez brasileiras negligenciam as práticas necessárias para a prevenção contra o câncer do colo do útero. É o que aponta um levantamento inédito feito pela Fundação do Câncer, divulgado nesta quinta-feira (3), coordenado pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC).A doença é responsável pela morte de mais de seis mil mulheres por ano no Brasil. No mundo, anualmente, são 331 mil vítimas. O Dia Mundial do Câncer é celebrado nesta sexta-feira (4). A análise da fundação mostra que 45% das entrevistadas no Brasil achavam “desnecessário” o teste para a detecção de HPV, maior causador do câncer de útero. Outras 15% falam que “não foram orientadas” sobre os procedimentos, enquanto 13% relataram sentir vergonha de realizar o exame. Ao todo, foram ouvidas 54.617 mulheres, entre 14 e 83 anos.“Nós trabalhamos com três etapas em relação aos procedimentos preventivos do câncer. O primeiro é o conhecimento. As pessoas precisam conhecer os tratamentos necessários. Em segundo lugar, essa população precisa entender que as práticas são importantes para a saúde. Por fim, as mulheres precisam fazer os exames necessários”, disse a médica da Fundação do Câncer, Flávia de Miranda Correia, à CNN.Os exames preventivos contra o câncer de útero e a vacinação contra HPV são disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar disso, somente 57% das meninas brasileiras estão totalmente imunizadas. Para o diretor-executivo da Fundação do Câncer, Luiz Augusto Maltoni, o resultado está diretamente ligado à desinformação.“É algo inaceitável, já que a vacina e o exame preventivo, que ajudam a evitar a doença, estão disponíveis gratuitamente no SUS. Isso mostra uma desigualdade extrema e injusta, que está ligada à desinformação no país. Nossa ideia com esse levantamento é mostrar que políticas preventivas podem mitigar o cenário de adoecimento e morte, especialmente quando já existem alternativas eficazes para prevenção”, afirma Maltoni. Ler artigo completo
  • Empresas abrem mais espaço para inclusão de mulheres

    27 de jan de 2022 / em Inclusão / por Administrador
    Público feminino lidera 31% dos conselhos de companhias globais, revela o Gender Equality Index.De acordo com o Gender Equality Index, o índice que mede a igualdade de gênero em empresas, divulgado anualmente pela Bloomberg, as corporações têm investido na promoção da diversidade e da inclusão no ambiente de trabalho.Das 418 organizações participantes, de 45 países diferentes, 72% têm diretoria específica para tratar do tema, e as mulheres ocupam cargos de direção em um terço delas. “Hoje, no GPA, a gente tem 53% de mulheres dentro da nossa demografia geral e 37% estão em cargos de liderança, o que é um orgulho pra gente muito grande”, afirma Mirella Gomiero, diretora executiva de RH, tecnologia e sustentabilidade do GPA. “Hoje, a nossa meta é chegar a 40% de mulheres até 2025”, conclui Mirella.A pesquisa também mostra que, em 83% das empresas, os esforços para garantir a igualdade de gênero começam logo na contratação. Em 66% delas, são adotadas estratégias posteriores, como uma análise da remuneração que é paga às mulheres.Ainda conforme o levantamento, 75% oferecem benefícios como uma sala de lactação para que mães recentes possam amamentar seus filhos e 59% também pagam auxílio-creche. A TIM, empresa de telefonia, também fez parte do estudo e revisou as políticas de inclusão recentemente. Cursos, palestras e treinamentos para as funcionárias são rotina.“O desejo da gente é que um dia não se fale mais de politica de diversidade e inclusão porque chegará um dia que essa causa fará parte do DNA da empresa e da sociedade”, afirma a vice-presidente da TIM Brasil, Maria Antonietta Russo.Em pouco mais de seis meses, o reconhecimento veio na forma de três prêmios internacionais pela política de igualdade de gênero da empresa. Ler artigo completo
  • 65,7% das mulheres com câncer de mama esperam mais de 60 dias por tratamento no SUS

    15 de dez de 2021 / em Saúde / por Administrador
    Estudo da Fundação do Câncer mostra também uma desigualdade no acesso a saúde: menos da metade das pacientes vindas da rede privada de saúde atrasam o início do tratamento. Uma pesquisa da Fundação do Câncer mostra que 65,7% das mulheres com diagnóstico de câncer de mama, sem plano de saúde, demoram mais de 60 dias para iniciar o tratamento da doença, tempo limite indicado por especialistas. Já entre as pacientes com convenio médico, o levantamento revelou que 48% delas demoram mais que o tempo recomendado para início do tratamento.A escolaridade dessas mulheres também revela uma desigualdade no acesso à saúde. Segundo o estudo, 51,4% das mulheres encaminhadas pelo Sistema único de Saúde (SUS), não têm o ensino fundamental completo. Já entre as pacientes de origem da rede privada de saúde, esse índice é de apenas 29,9%. O epidemiologista e consultor da Fundação do Câncer, Alfredo Scaff, explica que existem alguns exames a serem feitos após o diagnóstico da doença. Esses procedimentos têm uma grande demanda do sistema público de saúde, o que prolonga a espera.“Muitas vezes a mulher, quando alcança o tratamento no SUS, novos exames são solicitados, como a mamografia e a biópsia e há um grande número de pessoas na fila para fazer esses exames. De modo que o processo de acesso ao tratamento não é oportuno, e como consequência provável a sobrevida das pacientes de origem SUS deverá ser menor. Quando a origem é o via plano de saúde ou particular, o diagnóstico acaba sendo mais rápido. É a iniquidade que perdura”, situa Alfredo Scaff.O estudo da Fundação analisou também o estágio da doença, no momento em que as mulheres dão entrada para iniciar o tratamento. O levantamento considerou a seguinte classificação: zero representa o estágio menos avançado e IV o mais avançado da doença.Segundo a pesquisa, 19,8% das pacientes originadas do SUS chegam em estágios iniciais (0 e I) do câncer de mama, contra 31,9% das originárias de planos de saúde ou particulares. Segundo os especialistas, o ideal é que a maioria dos casos cheguem em estágios precoces.“O que fica claro aqui para se fazer uma leitura mais precisa, é que o tempo entre a suspeita diagnóstica e o início do tratamento é crucial e tem relação com o agravamento da doença e, consequentemente, com o tratamento necessário. Quanto maior o tempo, mais agressivo será o tratamento; câncer é uma doença tempo-dependente”, salienta Alfredo Scaff. Ler artigo completo
  • Mulheres estão entre mais afetadas pela pandemia, aponta Cruz Vermelha

    23 de nov de 2021 / em Temas Gerais / por Administrador
    À CNN Rádio, Teresa Gonçalves, pesquisadora da Federação Internacional da Cruz Vermelha, explicou a pesquisa que analisou impactos socioeconômicos da Covid-19Uma pesquisa da Federação Internacional da Cruz Vermelha e das Sociedades do Crescente Vermelho (IFRC) mostrou quais os impactos socioeconômicos da pandemia da Covid-19 em diferentes camadas da população.Segundo o levantamento, as mulheres, pessoas em áreas urbanas e aquelas em movimento foram as principais afetadas.Em entrevista à CNN Rádio, a pesquisadora da Federação Internacional da Cruz Vermelha e uma das responsáveis pelo estudo, Teresa Gonçalves, explicou que o objetivo era entender “os impactos secundários da pandemia, além dos sistemas de saúde.”“Meninas enfrentaram impactos desproporcionais em todas as frentes, com aumento de casamento infantil, assumiram cargo adicional para cuidar de familiares, perderam empregos, ficaram expostas ao vírus e encontramos aumento da violência contra as mulheres”, elencou.“Não é surpresa que mulheres enfrentaram mais do que homens”, completou. A nova pesquisa busca visão global, com foco em dez países: Afeganistão, Colômbia, El Salvador, Iraque, Quênia, Líbano, Filipinas, Espanha, África do Sul e Turquia.Entre os efeitos da crise apontados pelo estudo, estão o aumento do desemprego e da pobreza; aumento da insegurança alimentar; maior vulnerabilidade à violência; e uma perda de educação e oportunidades reduzidas para as crianças.Segundo Teresa, os impactos nas comunidades e famílias serão sentidos “durante muitos anos”: “Nas crianças fora da escola, por exemplo, isso será sentido durante muito mais tempo, sem oportunidade de continuar a educação.”A pesquisadora também aponta o risco de a recuperação “ser desigual e injusta”, devido à “distribuição desigual de vacinas”: “A recuperação da pandemia não pode ser voltar ao que era antes, tem que ter esforço da sociedade e governantes para se ter uma resposta mais inclusiva, temos que tentar pensar no futuro e construir sociedades mais justas.” Ler artigo completo

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