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  • 40% das brasileiras ainda não têm voto fixo e grupo pode definir eleições, diz pesquisa

    17 de jun de 2022 / em Política / por Administrador
    Entre as preocupações das mulheres, destacam-se a economia (43%), a saúde/pandemia (17%), as questões sociais (13%), a corrupção (9%) e a violência (8%), segundo a Genial/QuaestO total de 40% de brasileiras ainda não têm voto fixo em um candidato à presidência da República em 2022, de acordo com a pesquisa Genial/Quaest. O grupo, que alega que “pode mudar de presidenciável caso algo aconteça”, pode definir as eleições presidenciais no Brasil, ainda conforme o levantamento.Os dados, divulgados nesta sexta-feira (17), detalham que 50% das mulheres pretendem votar no ex-presidente Lula, enquanto 22% têm intenção de voto no presidente Jair Bolsonaro, que disputa a reeleição.A respeito das preocupações das eleitoras, a pesquisa destaca como resultado a economia (43%), a saúde/pandemia (17%), as questões sociais (13%), a corrupção (9%) e a violência (8%).Para 8% delas, outros fatores não listados são preocupantes e 2% não souberam responder ou não responderam.Ainda segundo o levantamento, 51% das mulheres consideram a gestão Bolsonaro negativa e 65% acham que o presidente errou mais do que acertou durante a pandemia do novo coronavírus.Para 51% das entrevistadas, as chances de voto em um candidato que viesse a defender publicamente o direito ao aborto cairiam.Em abril, o pré-candidato do PT, Lula, defendeu o procedimento, afirmando que “[o aborto] deveria ser transformado em uma questão de saúde pública” e que todo mundo deveria ter direito e não vergonha.A pesquisa quantitativa da Genial/Quaest foi realizada de 2 a 5 de junho com 2.000 mulheres. Dados como idade, escolaridade, renda familiar, religião e se as eleitoras recebem o benefício do Auxílio Brasil foram levados em consideração.A margem de erro estima de dois pontos percentuais para mais ou para menos, conforme a Genial/Quaest.O levantamento foi registrado junto ao TSE sob o número BR-03552/2922. Ler artigo completo
  • Linda Thomas Greenfield: A mulher negra na liderança

    17 de jun de 2022 / em Internacional / por Administrador
    A diplomata é nascida em Louisiana e tem 69 anos. Uma combinação de estudos e resiliência explica a trajetória da mulher que se transformou na voz e face americana na principal arena de decisões do mundo sobre segurança, em tempos de guerras e violências de toda ordem, rurais e urbanas.“Eu não internalizei (o racismo). Aquilo não virou um problema meu. Eu deixei isso como sendo problema dos outros, que queriam ser racistas. Eu sabia que tinha um trabalho a fazer. Em cada trabalho que tive, sempre tive uma atitude de comprometimento, de trabalho duro, e um senso de orgulho e de realização”, conta.Como parte do programa de lideranças que os Estados Unidos realizam neste mês com jornalistas brasileiros negros, estou em Iowa, uma cidade com poucos negros, mas sede de um museu sobre a história afroamericana.A entrevista com Greenfield foi online porque ela está em Nova York. Todos os estados americanos, em maior ou menor grau, celebram a partir desta sexta-feira (17) a chegada do 19 de junho, quando se comemora a emancipação dos negros.Apesar do presidente da época, Abraham Lincoln, ter libertado os escravos com a proclamação da emancipação em 1863, somente dois anos depois, a informação foi avançando e chegou em todos os estados.O fim da escravidão foi confirmado pelo último estado americano que ainda mantinha escravos, o Texas, em 19 de junho. Esta é a data comemorada.A bisavó de Thomas-Greenfield nasceu exatamente em 1865, ainda como escrava. “Se o povo do estado da Louisiana tivesse sido informado [do fim da escravidão], ela poderia ter nascido uma pessoa livre”, afirma a embaixadora sobre sua bisavó, que depois recebeu a liberdade e viveu até os cem anos.“Devo ser um dos seus sonhos mais loucos, porque a sua bisneta, apenas duas gerações à frente, se tornou embaixadora das Nações Unidas. Acho que ela nunca teria imaginado isso. Não fazia parte da imaginação dos meus avós, e certamente nem da dos meus pais, que isso poderia acontecer nos Estados Unidos”, enfatiza.A briga dos negros nos Estados Unidos por espaço nas políticas públicas, no mercado de trabalho, na mídia, em posições de comando é constante. Mais do que serem vistos, eles reivindicam igualdade. Ler artigo completo
  • Brasil teve 107 mortes de mães a cada 100 mil nascimentos em 2021, diz levantamento

    28 de mai de 2022 / em Saúde / por Administrador
    Especialista diz que mortes maternas podem ser evitadasO Brasil teve, em 2021, média de 107 mortes a cada 100 mil nascimentos, de acordo com o Painel de Monitoramento da Mortalidade Materna.A taxa de mortalidade materna se refere ao número de mulheres que morrem durante a gravidez ou nos 42 dias seguintes ao parto devido a causas relacionadas à gravidez ou por ela agravada a cada 100 mil nascidos vivos em um determinado ano, em um país. A morte é causada por qualquer fator relacionado ou agravado pela gravidez ou por medidas tomadas em relação a esse período.No Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher e Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna, comemorados neste sábado (28), o vice-presidente da Comissão Nacional Especializada em Mortalidade Materna da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Rodolfo de Carvalho Pacagnella, afirma que as mortes maternas podem ser evitadas.O Brasil apresenta números bem distantes dos fixados pela Organização das Nações Unidas (ONU). Até 2015, a meta era atingir menos de 35 mortes por 100 mil nascimentos e o Brasil estava na faixa de 70 a 75 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos. Com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), a ONU indicou, até 2030, reduzir a taxa de mortalidade materna global para menos de 70 mortes por 100 mil nascidos vivos.De acordo com Pacagnella, os números não apresentam queda significativa no Brasil desde 2014. Já os países de alta renda, de maneira geral, têm uma razão de mortalidade materna que varia entre 10 e 20 mortes por 100 mil nascimentos. A maior parte dessas ocorrências é de causas indiretas, que não são evitáveis ao longo da gestação.CausasSegundo Pacagnella, a grande parte das mortes maternas poderia ser evitada. A grande questão, disse, não é o número de mortes maternas, mas o por que elas acontecem e a consequência que elas trazem.“A grande questão é que ela [morte] acontece, em geral, por causas evitáveis. São situações que poderiam ter sido identificadas ao longo do cuidado dessa gestante, durante o pré-natal e, especialmente, nos momentos próximos ao nascimento. E essas condições não foram identificadas e não foram tratadas de forma oportuna”.E essa demora em reconhecer a situação de gravidade e em tratar essa condição levam, em consequência, ao óbito materno, disse.De acordo com o vice-presidente da Comissão da Febrasgo, a consequência da mortalidade materna é nefasta, porque a mulher sempre foi, mas hoje tem um papel reconhecido, como indivíduo central na organização social, emocional e financeira da família. A morte de uma mulher no momento do parto ou puerpério leva a uma desestruturação de tudo que a envolve, apontou o médico.“Frequentemente há uma desorganização da família, desorganização do cuidado dos filhos, perpetuação de pobreza, uma série de questões que vêm em função de que ela é figura fundamental na organização daquela comunidade, não só da família, mas da comunidade como um todo”.No Brasil, a principal causa de morte materna é a hipertensão. Em segundo lugar, aparece a hemorragia, seguida de aborto inseguro e infecção puerperal. Depois, vêm as causas indiretas, associadas a condições físicas já existentes, ou agravadas na gestação, como doenças cardíacas, renais, cânceres, entre outras.Covid-19As principais causas são evitáveis, reiterou Rodoldo Pacagnella. Hoje, sabe-se como fazer o diagnóstico e como identificar uma mulher que tem risco de desenvolver uma hipertensão na gravidez, chamada pré-eclâmpsia, e tratar essa condição, evitando que a mulher morra.O mesmo ocorre em relação à hemorragia e, ainda, às condições relacionadas à sepse, que é uma infecção generalizada. Essa questão ganhou relevância durante a pandemia do novo coronavírus, segundo o especialista, porque houve um aumento de mortes maternas por doenças respiratórias, como consequência de um olhar pouco atento para a gestante, que é uma população de risco para a gravidade dessas doenças, principalmente as virais, associadas ao coronavírus.Dados preliminares indicam que o número de mortes maternas por SARS-CoV-2 aumentou de 1.500, que vinha sendo registrado nos últimos 6 anos, para 2,2 mil, em 2021. “E esse excesso de mortalidade foi decorrente, especialmente, das condições associadas à síndrome respiratória aguda grave”.O excesso de lotação em hospitais levou também a um aumento de mortalidade materna por outras causas, porque esgotou a capacidade de assistência. “E a mortalidade materna está muito centrada no período próximo ao parto, em que as mulheres precisam de assistência hospitalar para reconhecer essas condições”, disse o especialista.O médico apontou que a morte materna acontece porque não se tem uma visão objetiva para as necessidades de saúde da mulher. O fato de a mulher ter uma condição de maior risco de morrer pela gravidez é um fator biológico. Mas a morte dessas mulheres por causa desses outros fatores é uma questão social, alertou.“Diz respeito a como a gente olha essas necessidades e dá atenção a elas. Não é uma condição biológica intrínseca, mas a falta de acesso adequado aos serviços de saúde em um momento que a mulher precisa mais”.Rede de assistênciaA redução da mortalidade materna passa, em primeiro lugar, pela necessidade que haja um entendimento social da importância da mulher no contexto da formação social do país, disse Pacagnella.“Como figura central da constituição da sociedade, a mulher deveria ter respeito maior. Isso quer dizer ter políticas públicas que assegurem acesso e assistência com qualidade aos serviços de saúde materno-infantil. Isso envolve facilidade de acesso a políticas de saúde de qualidade, atenção primária, até os serviços de emergência”, defendeu.De acordo com Pacagnella, esses pontos já começaram a ser abordados em algumas políticas, embora de maneira periférica. Para reduzir, de fato, a mortalidade materna, o Brasil tem que construir uma rede de assistência que seja capaz de reconhecer as situações de gravidade, com profissionais treinados e especialistas em ginecologia e obstetrícia, disse o especialista.“É preciso uma rede de saúde estruturada e muito organizada”, recomendou. “O treinamento dos profissionais é uma parte importante desse processo, mas a constituição de um sistema de atendimento é fundamental, com definição de prioridade pelo Sistema Único de Saúde (SUS)”.A Febrasgo está envolvida em uma série de ações de treinamento de profissionais sobre a importância da mulher na constituição da sociedade e, também, em ações de implementação de processos de melhoria clínica e de gestão, de tratamento de questões associadas à gravidade, em parceria com outras instituições, até que haja a criação de uma percepção nacional sobre a importância desse tema.A Febrasgo considera o dia 28 como um ponto de referência para falar da importância de se olhar para a condição da mulher na sociedade.“Em especial nesse momento em que a gente percebe que há um excesso de mortalidade, em função de uma doença que poderia ter sido manejada de outra maneira e cujo óbito poderia ter sido evitado se tivesse uma ação mais atenta, com um bom direcionamento de ações para as necessidades da mulher no momento do parto”, disse Pacagnella.Rodolfo Pacagnella alerta que a sociedade precisa olhar para a condição da mulher. “Estamos fazendo pouco. As mortes que ocorreram nos últimos anos foram em função da falta de uma organização adequada para a gestão do risco que a mulher tem nessas condições. É importante a gente mostrar isso e lutar para que não volte a acontecer”, concluiu. Ler artigo completo
  • Talibã fala sobre direitos das mulheres, mas diz que “desobedientes” devem ficar em casa

    19 de mai de 2022 / em Internacional / por Administrador
    Sirajuddin Haqqani, vice-líder do grupo, falou em entrevista exclusiva à CNN, mostrando rosto pela primeira vez diante das câmeras; FBI oferece recompensa de US$ 10 milhões por ele. Uma autoridade do alto escalão do Talibã repetiu a promessa ainda não cumprida do grupo de permitir que as meninas voltem ao ensino médio, dizendo que haveria “boas notícias em breve”. Porém, ele sugeriu que as mulheres que protestavam contra as restrições do regime aos direitos delas deveriam ficar em casa. Sirajuddin Haqqani, ministro interino do Interior do Afeganistão e vice-líder do Talibã desde 2016, fez os comentários em uma entrevista exclusiva com a jornalista Christiane Amanpour, da CNN, em Cabul, no que é a primeira conversa com a imprensa registrada em câmera e mostrando seu rosto.Em março, depois de muitas promessas de que meninas poderiam frequentar a escola secundária, o Talibã reverteu sua decisão, adiando o retorno indefinidamente.Quando perguntado sobre as mulheres afegãs que dizem ter medo de sair de casa sob o domínio do grupo, e sobre aquelas que relataram um efeito assustador da liderança da organização, Haqqani acrescentou com uma risada: “Nós mantemos mulheres desobedientes em casa”. Depois de ser pressionado por Amanpour a esclarecer seu comentário, ele disse: “Ao dizer mulheres desobedientes, fiz uma piada referindo-se àquelas mulheres desobedientes que são controladas por alguns outros lados e que questionam o atual governo”.Haqqani também estabeleceu alguns parâmetros para o futuro das mulheres e o trabalho, que serão limitados pela interpretação do Talibã sobre a lei islâmica e os “princípios nacionais, culturais e tradicionais”.“Elas podem trabalhar dentro de sua própria estrutura”, destacou.O ministro do Talibã falou em sua primeira entrevista diante das câmeras a um meio de comunicação ocidental em anos, apenas alguns meses depois de mostrar seu rosto em público pela primeira vez. O oficial, intensamente secreto, do alto escalão é procurado pelo FBI e foi classificado pelo Departamento de Estado dos EUA como um “terrorista global especialmente designado”. É oferecida uma recompensa de US$ 10 milhões por ele.Os comentários sobre a educação das meninas e os direitos das mulheres pontuaram uma série de alegações de que “não há ninguém contra a educação (das meninas)” no governo afegão.“As meninas já podem ir à escola até a 6ª série e, acima dessa série, o trabalho é continuar em um mecanismo”, disse Haqqani. “Muito em breve, você ouvirá notícias muito boas sobre esse assunto, se Deus quiser”, acrescentou, sem especificar um prazo.Depois do encontro, os assessores de Haqqani observaram que a entrevista foi um esforço para abrir um novo capítulo nas relações com os Estados Unidos e o resto do mundo.Desde que tomou o Afeganistão em agosto passado, o Talibã garantiu repetidamente à comunidade internacional que protegerá os direitos de mulheres e meninas, mas, ao mesmo tempo, retira muitas liberdades e proteções delas.Sem perspectiva de mudançaMuitas meninas e mulheres em idade escolar já perderam a esperança. “Todo o governo [é] contra a educação das meninas”, disse Maryam, de 19 anos, à CNN na terça-feira (17). “Não acredito que o Talibã cumpra suas promessas […] eles não entendem nossos sentimentos”.“Passo a passo, eles estão tomando todas as nossas liberdades”, acrescentou Fátima, de 17 anos. “O Talibã agora e o Talibã dos anos 1990 são os mesmos – não vejo nenhuma mudança em suas políticas e regras”, continuou.“Nossa única esperança é que a comunidade internacional exerça pressão extrema sobre o Talibã para permitir que as meninas frequentem a escola. Nada mais funcionará”, ultimou a jovem.Maryam e Fátima, bem como outras mulheres com quem a CNN falou, não forneceram seus sobrenomes devido a preocupações com sua segurança.Os comentários de Haqqani provavelmente foram pouco encorajadores aos observadores internacionais de que o Talibã leva a sério seus compromissos. “Todo mundo da liderança do Talibã tem credibilidade zero nesta questão”, disse Heather Barr, diretora associada da Divisão de Direitos da Mulher, da organização internacional Human Rights Watch. “Eles fizeram representações sobre seu suposto respeito por mulheres e meninas”, desde que assumiram o poder, acrescentou Barr. “Todos os dias depois disso, houve uma nova repressão a elas, e isso continuou a se intensificar ao longo do tempo”, destacou.Os ministros das Relações Exteriores do G7 e o Alto Representante da União Europeia expressaram na semana passada sua “mais forte oposição” às crescentes restrições impostas pelo Talibã aos direitos das mulheres e meninas.Haqqani comentou à CNN que os “julgamentos, pesquisas e tomadas de decisão da comunidade internacional são todos unilaterais”, complementando: “Ainda estamos na fase preliminar. Faz apenas oito meses desde que assumimos o governo […] ainda precisamos trazer a situação de volta ao normal”.Depois de tomar o poder, o Talibã alertou as mulheres para ficarem em casa e seus combatentes usaram chicotes e paus contra as manifestantes. Nos meses seguintes, elas foram banidas de grandes partes da vida pública – desde aparecer na televisão até fazer longas viagens sozinhas. Um novo decreto no início deste mês institui que as mulheres devem cobrir seus rostos em público.Quando pressionado por Amanpour sobre se todas as mulheres devem cobrir seus rostos, Haqqani respondeu: “Não estamos forçando as mulheres a usar [o] hijab, mas estamos aconselhando-as e pregando para elas de tempos em tempos […] que o hijab não é obrigatório, mas é uma ordem islâmica que todas devem implementar”.Nas ruas de Cabul, o crescente isolamento das mulheres da sociedade levou a riscos econômicos. “Tenho que trabalhar”, disse à CNN uma mulher chamada Khotima. “Devem nos deixar trabalhar, porque temos que assumir o papel de homem da família para encontrar o pão para as crianças”.“Quando você não tem dinheiro, quando você não tem emprego, você não tem renda. Você conseguiria comer uma comida adequada quando não tem trabalho?”, indagou outra mulher chamada Farishta.Os EUA não são inimigos “atualmente”Haqqani conversou com a CNN dois meses depois que o Talibã divulgou fotos raras do ministro em uma cerimônia para policiais. Antes disso, raramente ele era visto em público; seu pôster do FBI de “Mais Procurado” apresenta apenas uma imagem granulada com parte de seu rosto.Ele é procurado pela agência para interrogatórios sobre um ataque em 2008 a um hotel que matou seis pessoas em Cabul, incluindo um cidadão americano; o governo dos EUA diz que o ministro interino admitiu ter planejado o ataque em uma entrevista anterior à mídia. Ele faz parte da família que forma a rede Haqqani, organização militante islâmica fundada por seu pai Jalaluddin Haqqani, que foi designada pelos Estados Unidos como grupo terrorista em 2012.A autoridade afirmou à CNN que: “no futuro, gostaríamos de ter boas relações com os Estados Unidos e a comunidade internacional”, adicionando: “atualmente não os vemos como inimigos”.Mas, ele fez repetidas garantias sobre os direitos das mulheres e educação para meninas que estavam em desacordo com as observações dos órgãos de vigilância e governos globais.“A comunidade internacional está levantando muito a questão dos direitos das mulheres. Aqui no Afeganistão, existem princípios islâmicos, nacionais, culturais e tradicionais”, ponderou. “Dentro dos limites desses princípios, estamos trabalhando para oferecer a elas oportunidades de trabalho e esse é o nosso objetivo”, complementou. Em dezembro, o Talibã divulgou um chamado “decreto sobre os direitos das mulheres”, que não mencionava o acesso à educação ou ao trabalho e foi imediatamente criticado por mulheres e especialistas afegãos, que disseram que essa era uma prova de que o grupo militante não estava interessado em defender as liberdades básicas das milhões de mulheres.As meninas afegãs que cursam acima da 6ª série deveriam voltar à escola em março, pela primeira vez desde a tomada do Talibã, mas foram instruídas a ficarem em casa até que um uniforme escolar apropriado, que esteja de acordo com a Sharia e os costumes e cultura afegãos, fosse projetado, informou na época a Bakhtar, agência de notícias administrada pelo Talibã.Haqqani destacou à CNN que o atraso era necessário enquanto os líderes projetavam o “mecanismo” pelo qual as meninas podem retornar à educação. “Houve algumas falhas nos preparativos que estavam em andamento. O trabalho está sendo feito nessas questões”, disse.Especialistas expressaram ceticismo de que seus motivos sejam diferentes, como foi o caso entre 1996 e 2001, quando o primeiro regime Talibã proibiu as meninas de estudar.“Eles sempre diziam que as condições ideais não são agora, [mas eles deveriam] resolver”, disse Barr. “Nesses cinco anos, esse momento nunca chegou. Então, muito claramente para mulheres e meninas, isso sempre foi uma mentira, e é assim que está parecendo desta vez também”.O ministro interino também foi questionado sobre o status de Mark Frerichs, um veterano e contratado dos EUA que foi sequestrado em Cabul no final de janeiro de 2020 e acredita-se que ele esteja detido pela rede Haqqani.Um vídeo de prova de vida, aparentemente filmado em novembro de 2021, surgiu em abril deste ano, no qual Frerichs disse: “Gostaria de pedir à liderança do Emirado Islâmico do Afeganistão, por favor, me liberte. Me liberte para que eu possa me reunir com a minha família”.Sobre isso, Haqqani disse à CNN: “Isso é o que eles pensam, que ele está conosco […] Não há nenhum obstáculo do lado do Emirado para a libertação dele. Se os Estados Unidos aceitarem as condições do Emirado Islâmico, a questão da libertação dele poderá ser resolvida em um dia.“Sobre as suposições de que ele possa estar conosco, quero dizer que somos parte do Emirado Islâmico, estamos comprometidos em obedecer às ordens de Amirul Momineen, o Líder Supremo”, acrescentou. “Os esforços estão em andamento no nível do governo e uma equipe é designada para negociar com eles”.Quando procurado para comentar, um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA ressaltou à CNN: “A libertação segura e imediata do cidadão americano e veterano da Marinha, Mark Frerichs, é imperativa. Deixamos isso claro para o Talibã e pedimos que o libertassem imediatamente em praticamente todas as conversas que tivemos nos últimos dois anos”.*Rob Picheta, Jack Guy e Madalena Araujo, da CNN, contribuíram para esta reportagem Ler artigo completo
  • Independência financeira motiva 40% das mulheres a empreenderem, diz Serasa Experian

    09 de mai de 2022 / em Empreendedorismo / por Administrador
    Pesquisa também mostrou que segundo motivo apontado pelas mulheres para começar um negócio é a flexibilidade de tempo. Quatro em cada dez mulheres brasileiras (40%) apontam a independência financeira como principal motivo para começar a empreender, revelou a pesquisa feita pela Serasa Experian e divulgada nesta segunda-feira (9).O segundo motivo apontado pelas mulheres para começar um negócio é a flexibilidade de tempo (29%), seguido por fazer o que acredita (24%), ter renda complementar (21%) e ganhar mais (20%). A pesquisa também mostrou que 55% das mulheres já conquistaram a independência financeira e que mais da metade (57%) têm sua renda total proveniente do próprio negócio.A pesquisa ouviu 446 empreendedoras brasileiras em janeiro e fevereiro. Foram entrevistadas sócias ou donas de micro, pequenas e médias empresas, empreendedoras individuais ou autônomas, trabalhadoras informais e profissionais liberais que trabalham por conta própria. DesafiosEntre os desafios que a mulher encontra ao ter seu próprio negócio, estão o preconceito de fornecedores, parceiros e clientes e a dupla jornada de trabalho. As mulheres também dizem ter a sensação de receberem menos oportunidades que os homens no mercado de trabalho.“As mulheres encontram no empreendedorismo uma forma de empoderamento, e estar à frente de cargos de liderança é um passo importante para a diminuição da desigualdade. No entanto, sabemos que se manter em um mercado competitivo e desafiador exige planejamento, tempo e recursos financeiros. Por isso, é fundamental que cada vez mais mulheres tenham a oportunidade de se preparar para ocuparem esses lugares”, disse Cleber Genero, vice-presidente de PME da Serasa Experian. Ler artigo completo
  • Espaço só para mulheres é novidade na Agrishow de 2022

    28 de abr de 2022 / em Agricultura / por Administrador
    O "Agishow pra Elas" reúne profissionais do setor em um espaço para trocarem informações e fecharem negócios. Pela primeira vez, a Agrishow – maior feira do agronegócio da América Latina – reservou um espaço só para as mulheres, o “Agrishow pra Elas”. Lá, as mulheres se reúnem, trocam informações e fecham negócios.À CNN, Liliane Bortoluci, diretora da Agrishow, afirmou: “Ao conversarmos com mulheres do agronegócio de maneira virtual, percebemos que havia muitas novidades para mostrar na feira. Elas realmente entraram no setor com força total. Nós as vemos em todas as posições do agronegócio”.Bortoluci ainda apontou que muitas vezes a mulher acaba assumindo, com muita competência, o papel de liderança no negócio familiar. “Além desse caminho, muitas se formam nos cursos superiores e desempenham diversos papéis nas fazendas, por exemplo.”A partir da edição deste ano, a Agrishow vai contabilizar – de maneira inédita – o número de mulheres que estão envolvidas diretamente com o agronegócio brasileiro.Veja mais no vídeo abaixo Ler artigo completo
  • 90 anos do voto feminino no Brasil: das pioneiras à alta desigualdade na política

    22 de abr de 2022 / em Temas Gerais / por Administrador
    Código Eleitoral garantiu o voto das mulheres em 1932, mas brasileiras ainda sofrem com a exclusão na política. O dia 24 de fevereiro de 1932 foi bastante comemorado no Rio Grande do Norte. Não de maneira apoteótica, como o carnaval de rua sugere ou a Festa de São João induz, mas sim de forma contida: com pequenas reuniões em jardins, regadas a chás e quitutes.As celebrações marcavam a sanção do primeiro Código Eleitoral (Decreto nº 21.076), que garantiu oficialmente às mulheres acima de 21 anos os direitos de votar e serem votadas no Brasil. A conquista foi celebrada em todo o país, mas como o estado nordestino foi pioneiro na conquista o chá estava mais doce por lá.Tanto a primeira eleitora brasileira (a professora Celina Guimarães votou pela primeira em 1927), como a primeira política eleita (a prefeita de Lajes, Alzira Soriano, que assumiu o cargo em 1929) são naturais do Rio Grande do Norte.Também pudera: Celina e Alzira entraram para a história graças à Lei Estadual nº 660, de 25 de outubro de 1927, que tornava o Rio Grande do Norte o primeiro estado a estabelecer a não distinção de sexo para o exercício do voto.As potiguares estamparam jornais do mundo todo por serem pioneiras no Brasil e estarem entre as pioneiras da América Latina. Até hoje a presença das mulheres na política brasileira ganha espaço na mídia internacional, mas, 90 anos depois, os destaques são bastante diferentes. Os índices ruins do BrasilDe acordo com dados do Inter-Parliamentary Union, organização que reúne os parlamentos dos países ligados à ONU, o Brasil está na 142ª posição no ranking de participação de mulheres no congresso nacional. De todas as Américas (38 países e 18 dependências), o Brasil supera apenas o Paraguai (144ª), Bahamas (151ª) e Belize (154ª).Trocando em miúdos, o Brasil perde para países economicamente mais pobres (como Honduras, Colômbia e Equador, segundo índice do Banco Central), com índices educacionais mais baixos (como Argentina e Peru, segundo o PISA) e até para uma democracia mais fragilizada, como é o caso da Venezuela.“Se toda uma área está evoluindo para um mesmo caminho, podemos dizer, com clareza, que há uma sensibilidade e compreensão de um problema. Mais mulheres em espaços de poder significa mais democracia, mais democracia significa mais justiça social”, afirma Marlise Matos, coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher da Universidade Federal de Minas Gerais.Dados do Atenea, estudo realizado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em parceria com a ONU Mulheres, divulgados em 2020, ilustram a fala da professora.Além de considerar a presença de mulheres na cena política, o levantamento analisou oito tópicos como “grau de participação das mulheres no sufrágio”, “existência de estruturas voltadas à igualdade de gênero nos partidos e sua atuação como instância decisória” e “poder legislativo” em 11 países da América Latina.A métrica utilizada foi o Índice de Paridade Política (IPP) que conta com uma escala de 0 a 100 pontos. A maior nota dada para o Brasil foi 80 no quesito “exercício do direito ao sufrágio”, e a menor nota foi 13,3 pontos no item “cotas e paridades”. O Brasil amarga a nona posição.As mulheres no Brasil não sofrem de uma baixa representação, mas sim uma exclusão na política. Enquanto a maioria dos países está discutindo equidade de gênero, nós ainda estamos lutando para execução de cotasMarlise Matos, professora da UFMGSegundo a acadêmica, que estuda o tema de gênero na América Latina há mais de 20 anos, o maior problema para a falta de candidaturas femininas é a estrutura dos partidos.“O partido político é o gatekeeper, ou seja, quem define as candidaturas. E quem preside os partidos? Homens brancos. É muito comum ouvir de dirigentes ‘eu reservei a cota, mas as mulheres não vêm’. Isso é jogo cênico. Há falta de apoio nos partidos, que vão desde atraso no repasse de financiamento para campanha até silenciamento de candidatas”, diz.A chance de escrever o futuroEnquanto aqui a discussão de cotas e a representação mínima de mulheres na política engatinha, no Chile o tema ensaia dar saltos.Em outubro do ano passado, 78% dos chilenos foram às urnas votar “sim” no plebiscito que perguntava sobre a necessidade de uma nova Constituição que substituiria a Carta Constitucional escrita por militares em 1980 durante a ditadura de Augusto Pinochet.Dentre as mudanças propostas, estavam também alterações no processo de escrita. A convenção, caso o “sim” ganhasse, teria de assegurar paridade de gênero dentre as 155 pessoas eleitas pela sociedade para redigir o documento.Mulher em Santiago vota na eleição para presidente do Chile em 2021 / Marcelo Hernandez/Getty ImagesA pessoa eleita para presidir a convenção foi a líder mapuche Elisa Loncon, seguida pelo ex-deputado Harry Jürgensen e, em terceiro, Patricia Politzer.“O primeiro produto que sairá dessa nova constituição virá da sociedade civil, das organizações sociais e populares. Ter um quórum misto permite que mais pessoas e mais grupos sejam ouvidos”, explica Alondra Carrillo, porta-voz da constituinte feminista e do movimento 8M.“Nosso desejo e nossa missão é que este seja um documento mais democrático, que impeça que o poder continue nas mãos de líderes de pequenos setores que lutam por seus interesses pessoais.”Embora o Chile tenha passado por uma efervescência social e política nos últimos anos, a ativista defende que ainda há muitos outros campos na política que precisam de paridade de gênero. Atualmente, dos 155 deputados, apenas 35 são mulheres. No Senado, as mulheres ocupam somente dez das 43 cadeiras.Há conquistas, mas também há violênciaDesde a época da independência da Bolívia, as mulheres são destaques nas lutas sociais, o que se reflete na política: metade do parlamento é composta por mulheres, enquanto no Senado, as mulheres são maioria, com 20 das 30 cadeiras.Na economia os índices de gênero tentam acompanhar a política. Das dez famílias mais ricas, três são chefiadas por mulheres, mas em praticamente todas há participações de mulheres em cargos empresariais importantes. Seria este o cenário ideal para a paridade de gênero?“Definitivamente não”, responde a historiadora boliviana Sayuri Loza.“Apesar da grande quantidade de mulheres em cargos eleitos, há pouquíssimas leis que nos favorecem ou garantem nossos direitos. Também não existem mulheres em cargos estratégicos, como presidente dos partidos. Isso faz com que haja uma ‘saudação à bandeira’ [termo boliviano que pode ser comparado ao ‘voto de cabresto’] com o que o partido decidir. Não são raras as vezes que os partidos decidem algo que vai contra os direitos das mulheres. E se elas vão contra esse sistema, são aniquiladas.”O termo, neste caso, pode ser usado tanto simbolicamente como na prática. A violência física contra mulheres políticas na Bolívia, de fato, é alarmante.Há dezenas de exemplos recentes, mas um caso específico ganhou o noticiário internacional em 2019, o de Patricia Arce. A prefeita de Vinto foi sequestrada e obrigada a andar descalça por quilômetros banhada por uma tinta vermelha, após ser agredida por um movimento extremista.A médica e pedagoga Carlota Pereira de Queiroz tornou-se, na década de 1930, a primeira deputada federal eleita na história do Brasil / Estadão Conteúdo (9/12/1963)“A Bolívia está passando por um período de violência que é promovido pelos próprios partidos políticos e grupos sociais extremistas. Essa dicotomia de “nós” versus “eles” é benéfica para o jogo político, não para a sociedade”, diz Sayuri Loza, filha de Remedios Loza, a primeira “mujer de pollera” (mestiças que usam trajes tradicionais) a presidir a Câmara de Deputados na Bolívia.“Com a mulher isso se torna ainda mais violento porque ela é um alvo muito mais fácil: pode difamar a vida sexual, seu corpo, sua família. A mulher sempre está mais vulnerável.”Mas como na política nada é eterno, é possível encontrar uma saída para aumentar a participação efetiva de mulheres na política — mesmo que seja fora dos moldes tradicionais.“Esse desprestígio para com a classe política está fazendo com que nasça uma nova política. Não em termos de partido, mas que envolva redes sociais. Influenciadores são a nova política”, diz Sayuri comparando como exemplos a ativista Maria Galindo e a deputada Estefania Morales. “Galindo tem muito mais acesso [à cúpula da política], mais abertura do que Estefania. É nítido”.Seria a internet um território neutro na questão de gênero? “Nas redes sociais, sim. A imagem feminina vende mais que a masculina. Só nos resta entender como usar”, conclui a historiadora e artesã, como gosta de enfatizar para registrar sua herança ‘chola’. Ler artigo completo
  • Chances de viver até os 90 anos variam entre diferentes sexos e tamanhos de corpo

    15 de abr de 2022 / em Saúde / por Administrador
    Estudo, realizado por décadas, aponta que nível de atividade física é mais determinante na expectativa de vida de mulheres do que de homens.Viver até pelo menos os 90 anos pode depender do tamanho do seu corpo — altura e peso — bem como do seu nível de atividade física, e parece influenciar a expectativa de vida de uma mulher mais do que a de um homem. As descobertas são de um estudo publicado no periódico britânico Journal of Epidemiology & Community Health. A pesquisa descobriu que as mulheres que viviam até os 90 anos eram, em média, mais altas e engordavam menos desde os 20 anos, em comparação com as mulheres que eram mais baixas e mais pesadas. A mesma associação não foi observada para os homens. No entanto, os homens tiveram mais benefícios da atividade física do que as mulheres.Embora o estudo seja observacional e não possa estabelecer a causa, os resultados “fornecem dicas interessantes de que a saúde de homens e mulheres pode responder de maneira diferente ao IMC, altura e exercício”, disse o epidemiologista David Carslake, pesquisador associado sênior da Universidade de Bristol, no Reino Unido, que não participou do estudo.O IMC, que significa Índice de Massa Corporal, é uma medida da gordura corporal com base no cálculo da altura e do peso.Um estudo de décadasEm 1986, pesquisadores perguntaram a mais de 7.000 homens e mulheres da Holanda, que tinham entre 55 e 69 anos, sobre sua altura, peso atual e quanto pesavam aos 20 anos. Ambos os sexos também falaram aos pesquisadores sobre sua atividade física, que incluía passear com cães, jardinagem, melhorias na casa, caminhar ou andar de bicicleta para o trabalho e esportes.Os homens e mulheres foram então classificados em cotas de atividades diárias: menos de 30 minutos, 30 a 60 minutos e 90 minutos ou mais.Os grupos foram acompanhados até morrerem ou atingirem a idade de 90 anos; dos 7.807 participantes, 433 homens e 994 mulheres viveram até essa idade. Questões que poderiam afetar a longevidade, como tabagismo e nível de uso de álcool, também foram levadas em consideração.Homens e mulheres no estudo tiveram resultados muito diferentes quando se tratava do impacto do tamanho do corpo e do exercício. As mulheres que pesavam menos aos 20 anos e engordavam menos à medida que envelheciam eram mais propensas a viver mais do que as mulheres mais pesadas. A altura desempenhou um fator importante: o estudo descobriu que mulheres com mais de 1,50m de altura tinham 31% mais chances de viver até os 90 anos do que mulheres com menos de 1,70m.No entanto, nem a altura e nem o peso pareciam influenciar se os homens atingiram os 90 anos, mas o nível de atividade física sim.Homens que passaram 90 minutos por dia ou mais sendo ativos tiveram 39% mais chances de viver até 90 do que homens que foram fisicamente ativos por menos de 30 minutos. Além disso, para cada 30 minutos por dia que os homens eram ativos, eles tinham 5% mais chances de atingir essa idade.Já as mulheres que eram fisicamente ativas por mais de 60 minutos por dia eram apenas 21% mais propensas a viver até 90 do que aquelas que faziam 30 minutos ou menos. De fato, o estudo descobriu que o nível ideal de atividade para as mulheres era de 60 minutos por dia.Diminuição da expectativa de vidaA expectativa média de vida vem aumentando na maior parte do mundo, mas estudos recentes mostram uma desaceleração dessa tendência em alguns países desenvolvidos.Nos Estados Unidos, por exemplo, a expectativa de vida vem diminuindo nos últimos anos. As overdoses de drogas e os suicídios são os culpados pelo declínio mais recente, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças, mas as principais causas de morte permanecem as mesmas.O ganho de peso e a falta de exercício afetam todas as três principais causas de morte dos norte-americanos: doenças cardíacas, câncer e derrame.“Agora está muito claro que o excesso de peso, obesidade e estilos de vida sedentários são prejudiciais à saúde”, disse Carslake. “Estudos como este, que examinam a forma das associações e perguntam se elas são as mesmas em diferentes grupos serão cada vez mais importantes” concluiu o pesquisador britânico. Ler artigo completo
  • Dose única contra HPV protege significativamente contra câncer do colo do útero, diz OMS

    11 de abr de 2022 / em Temas Gerais / por Administrador
    Novas recomendações do grupo de trabalho da OMS têm como base preocupações com baixa cobertura vacinal no mundo. A dose única da vacina contra o HPV oferece proteção robusta contra o vírus que causa o câncer de colo do útero. A proteção se mostrou comparável aos esquemas de duas ou três doses do imunizante. Os dados foram divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta segunda-feira (11). Os achados são fruto de uma reunião do Grupo Consultivo Estratégico de Peritos em Imunização da OMS (SAGE, na sigla em inglês), realizada entre os dias 4 e 7 de abril.Segundo a OMS, a descoberta pode ser um divisor de águas para a prevenção da doença, uma vez que a dose única poderia ser aplicada em um número maior de mulheres. A OMS afirma que o câncer do colo do útero é altamente evitável, sendo uma doença de desigualdade de acesso.A nova recomendação do grupo de trabalho da OMS tem como base preocupações com a lenta introdução da vacina contra o HPV nos programas de imunização e baixa cobertura geral da população, especialmente em países mais pobres. Mais de 95% dos casos do câncer do colo do útero são causados pelo HPV, vírus transmitido sexualmente. A doença é o quarto tipo de câncer mais comum em mulheres em todo o mundo, com 90% dessas mulheres vivendo em países de baixa e média renda.“A vacina contra o HPV é altamente eficaz para a prevenção dos sorotipos 16 e 18 do HPV, que causam 70% dos casos de câncer do colo do útero”, disse Alejandro Cravioto, presidente da SAGE em comunicado.O grupo de trabalho recomenda que os países introduzam as vacinas contra o HPV nos sistemas de saúde e priorizem a recuperação de meninas e mulheres que ainda não foram imunizadas. Segundo a OMS, as orientações poderão contribuir para aumentar a cobertura vacinal e, consequentemente, evitar o desenvolvimento desse tipo de câncer.Orientações da OMSA OMS recomenda a atualização dos esquemas de dose para HPV da seguinte formaEsquema de uma ou duas doses para o alvo primário de meninas de 9 a 14 anosEsquema de uma ou duas doses para mulheres de 15 a 20 anosDuas doses com intervalo de seis meses para mulheres com mais de 21 anosDe acordo com a OMS, pessoas imunocomprometidas, incluindo aquelas com HIV, devem receber três doses, quando possível, ou no mínimo duas doses, uma vez que as evidências sobre a eficácia de uma dose única neste grupo ainda são limitadas.“Acredito firmemente que a eliminação do câncer do colo do útero é possível. Em 2020, a Iniciativa de Eliminação do Câncer Cervical foi lançada para enfrentar vários desafios, incluindo a desigualdade no acesso a vacinas. Essa recomendação de dose única tem o potencial de nos levar mais rápido ao nosso objetivo de ter 90% das meninas vacinadas aos 15 anos até 2030”, comentou a Diretora-Geral Adjunta da OMS, Princess Nothemba (Nono) Simelela.Cobertura vacinalGlobalmente, a aceitação da vacina tem sido lenta e a cobertura nos países muito inferior à meta de 90%. Em 2020 a cobertura global com duas doses foi de apenas 13%.Segundo a OMS, vários fatores influenciaram este cenário, incluindo desafios de fornecimento, de planejamento e custos relacionados à entrega do esquema de duas doses para mulheres mais velhas que normalmente não fazem parte dos programas de vacinação infantil. Além disso, pesa o custo relativamente alto das vacinas contra o HPV, principalmente para países de renda média.“Precisamos de compromisso político complementado com caminhos equitativos para o acesso à vacina contra o HPV. Não fazer isso é uma injustiça para a geração de meninas e mulheres jovens que podem estar em risco de câncer do colo do útero”, completa Princess.A opção por um esquema de dose única da vacina é menos dispendiosa, consome menos recursos e é mais fácil de administrar. Além disso, facilita a implementação de campanhas de recuperação para várias faixas etárias, reduz os desafios ligados ao rastreamento de meninas para a segunda dose e permite que os recursos financeiros e humanos sejam redirecionados para outras prioridades de saúde. Ler artigo completo
  • OMS lança diretrizes inéditas em apoio a mulheres e recém-nascidos após o parto

    30 de mar de 2022 / em Saúde / por Administrador
    Atualmente, mais de três em cada dez mulheres e bebês em todo o mundo não recebem cuidados pós-natais nos primeiros dias após o nascimento, segundo a OMS. A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou, nesta quarta-feira (30), diretrizes globais inéditas para apoiar mulheres e recém-nascidos no período pós-natal, que considera as primeiras seis semanas após o nascimento. Segundo a OMS, este é um momento crítico para garantir a sobrevivência do recém-nascido e da mãe e para apoiar o desenvolvimento saudável do bebê, bem como a recuperação e o bem-estar mental e físico geral da mãe.Atualmente, mais de três em cada dez mulheres e bebês em todo o mundo não recebem cuidados pós-natais nos primeiros dias após o nascimento – o período em que ocorre a maioria das mortes maternas e infantis.Enquanto isso, as consequências físicas e emocionais do parto – de lesões a dores e traumas recorrentes – podem ser debilitantes se não forem tratadas. Geralmente, as condições são altamente tratáveis quando os cuidados adequados são prestados no momento oportuno. Diretor de Saúde Materna, Neonatal, Infantil e Adolescente e de Envelhecimento da OMS, Anshu Banerjee, afirma que ampliar os cuidados em saúde da mãe e dos recém-nascidos é uma necessidade que vai além do momento do nascimento.“De fato, o nascimento de um bebê é um momento de mudança de vida, que está ligado ao amor, esperança e emoção, mas também pode causar estresse e ansiedade sem precedentes. Os pais precisam de sistemas de saúde e apoio fortes, especialmente as mulheres, cujas necessidades são muitas vezes negligenciadas quando o bebê nasce”, afirmou Banerjee, em comunicado.O que dizem as diretrizes da OMSSegundo a OMS, as primeiras semanas após o nascimento são cruciais para a construção de vínculos e de comportamentos que afetam o desenvolvimento e a saúde infantil a longo prazo.As diretrizes incluem orientações sobre amamentação e informações de apoio aos pais no oferecimento de cuidados aos recém-nascidos. No total, as novas diretrizes reúnem mais de 60 recomendações que ajudam a moldar uma experiência pós-natal positiva para mulheres, bebês e famílias.A OMS recomenda que sejam realizados ao menos três exames pós-natais nas primeiras seis semanas, incluindo visitas domiciliares, se possível. No caso de parto domiciliar, o primeiro contato pós-natal deve ocorrer o mais precocemente possível e, no máximo, 24 horas após o nascimento. Além de tratamento, apoio e aconselhamento para ajudar na recuperação e resolução de problemas comuns que as mulheres podem sentir após o parto, como dor perineal e enchimento excessivo das mamas (ingurgitamento mamário).O apoio deve ser estendido à família no sentido de acompanhamento dos sinais do bebê, com a triagem de todos os recém-nascidos para anormalidades oculares e deficiência auditiva, bem como vacinação ao nascimento.A OMS destaca que as mulheres devem receber aconselhamento sobre aleitamento materno, acesso à contracepção pós-natal e promoção da saúde, inclusive para atividade física, além de triagem para depressão e ansiedade pós-parto. Os parceiros devem receber incentivo ao envolvimento, participando de consultas, por exemplo, além de dar apoio à mulher e cuidar do recém-nascido.As recomendações detalham ainda o tempo mínimo de permanência hospitalar após o nascimento e fornecem orientações sobre os critérios de alta. No entanto, o tempo necessário pode variar de um caso para o outro, de acordo com o contexto social, experiência de parto e quaisquer problemas de saúde.Consultas pós-natais adicionais são recomendadas para mulheres e recém-nascidos saudáveis ​​entre 48 e 72 horas, entre sete e 14 dias e durante a sexta semana após o nascimento. Se forem identificados riscos para a saúde, provavelmente serão necessários mais atendimentos, com acompanhamento além das primeiras seis semanas.“As evidências mostram que as mulheres e suas famílias querem e precisam de uma experiência pós-natal positiva que as ajude a enfrentar os imensos desafios físicos e emocionais que ocorrem após o nascimento de seus bebês, enquanto constroem sua confiança como pais”, disse Mercedes Bonet, médica da OMS, em comunicado.“Serviços pós-natais devem fornecer suporte vital de saúde física e mental, enquanto ajudam os cuidadores a prosperar na prestação de cuidados certos para seus recém-nascidos”, completou. Ler artigo completo

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